E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.
1 Pedro 1.17
Para o mundo, o Senhor é Deus, e, para alguns, Ele é vingativo, mau, e está sempre pronto a lançar, nas chamas eternas, todos aqueles que não cumprirem à risca Seus mandamentos. Para nós, Ele é mais do que Deus: é nosso Pai. Com isso, nós nos identificamos como Seus filhos, Seus herdeiros, pessoas que fazem Sua santa vontade sempre e em tudo. Por isso, nunca devemos deixar de invocá-lO e respeitá-lO como Pai.
No entanto, é preciso preencher certos requisitos para nos intitularmos filhos do Altíssimo. Somente aqueles que recebem Jesus como Salvador e Senhor de sua vida conseguem o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). Então, Ele é Pai de quem é filho. Quem não tem os Seus mandamentos – e, se os têm, não os guarda – não pode encaixar-se nessa afirmativa. Ele é Pai somente de quem se encaixa como filho.
O apóstolo Pedro nos dá uma revelação importante ao dizer que o Senhor julga a obra de cada um, sem acepção de pessoas. Na verdade, Deus não faz diferença entre o ofício de um e de outro. Não é porque eu sou pastor que o Pai me dará um tratamento diferente daquele que Ele daria a quem não tem esse título. Ao entender o que Ele quer que eu faça, devo pôr mãos à obra e fazer conforme me foi dito. Então, terei louvor, e não condenação.
Está mais do que claro que seremos julgados pelas obras que fazemos. Se falo o que Ele manda, estou realizando a obra com perfeição. Porém, se me acovardo ou não dou atenção ao que me foi ordenado falar, estarei desclassificando-me para o dia do Julgamento. A obra pode ser de palavras ou ações, mas que seja conforme a ordem do Senhor. Quem não cumprir o que lhe for ordenado estará em falta no grande Dia.
O certo é andar em temor, o que significa respeitar a ordem divina. Moisés tirou água da rocha duas vezes; porém, na segunda vez, ele não fez como lhe foi determinado. Isso lhe causou um prejuízo tremendo: não pôde entrar na Terra da Promessa, apesar de ter conduzido os israelitas no deserto, por 40 anos, para esse grande evento.
A peregrinação de Moisés durou 40 anos; a nossa dura o tempo em que o Senhor estiver dirigindo-nos a realizar Sua vontade. Cuide-se para que, em tempo algum, você saia das ordens do Altíssimo e não demonstre temer Sua Palavra. Ele não terá por inocente aquele que não cumprir Suas orientações e determinações.
Quem respeitar a Palavra de Deus entrará no juízo de cabeça erguida, pois a fé que empregou ao fazer a vontade divina fez dele alguém que acertou em tudo o que praticou. Não há por que temer o grande Dia, se você se esforça para cumprir aquilo que lhe é orientado pela Palavra. Como Pai, o Senhor jamais nos daria alguma missão sem que tivéssemos recebido dEle o poder para cumpri-la. Então, sirva a Deus com temor e você terá o Seu louvor.
Em Cristo, com amor
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